domingo, 7 de fevereiro de 2010

Wulai

Até agora, as viagens têm ocorrido da seguinte maneira: A minha mãe entrava em contato com algum amigo ou familiar, a gente pegava um trem até aquela cidade e a pessoa nos hospedava e nos levava para passear.
Alguns dias atrás liguei para o Jen Hong, um amigo da família da minha mãe há mais de trinta anos. Ele disse que ia nos levar para passear, porém o único dia que tinha folga no seria hoje. Combinamos então de nos encontrar na estação de metrô perto da casa da Tia.
O destino escolhido seria Wulai, um vilarejo nos arredores de Taipei conhecido pelas termas de água quente e pela cultura aborígene.



Pegamos um ônibus na estação de metrô Xindian. Subimos a serra, e em 40 minutos estávamos lá. O nome Wulai 烏來 (pronuncia-se "U-Lai") vem de kirofu ulai , que em Atayal - Uma das tribos aborígenes de Taiwan significa "quente e venenoso", em referência à água quente natural que brota do solo.


Eram 10 da manhã, e o vilarejo ainda estava meio vazio. Havia chovido mais cedo, e as ruas estavam molhadas. A rua principal era de pedra e haviam lojas em ambos os lados vendendo as iguarias da região. Caminhamos até chegar a uma ponte. Depois, andamos mais 2km em uma rua asfaltada até chegar ao terminal turístico. Neste mesmo trajeto também é possível pegar um trenzinho, mas optamos pela maneira mais saudável - caminhada.

A Yato faz logo amizade com quem passava na rua


No terminal, havia mais lojas e um palco onde iria ocorrer um evento mais tarde. Do outro lado do rio, uma pequena mas bonita queda d'água.


Havia também dois bondinhos que levava os turistas para o morro em cima da queda d'água.


Compramos um pacote que incluia passagem de bonde (ida & volta) + almoço no restaurante em cima do morro.

Vamo que vamo!


Ao chegar do outro lado, mais uma caminhada de 20 minutos subindo escadas.


À medida que subíamos, a neblina ia ficando cada vez mais forte. Quando chegamos ao laguinho em frente ao restaurante, já estava assim:


Havia uns barquinhos amarrados no pier, e já ficamos com vontade de brincar. Mas a fome era maior e decidimos comer antes de mais nada. O Tande já estava reclamando de tanto subir escadas.
No almoço eram servidos pratos típicos da região e uma sopa. O arroz é servido na tigela e os pratos eram postos em um disco giratório no centro da mesa. Todos sentam ao redor da mesa, e dependendo do que a pessoa quisesse comer, ela giraria o disco até o prato chegar mais próximo, pegando a comida com os palitos.


De barriga cheia, fomos dar umas remadas no laguinho. Acho que empurrar água é a minha sina. Mesmo desembarcado, ja é a segunda vez que eu me meto num barco!


Enquanto os passageiros de outros barcos eram casais felizes remando lentamente num clima romântico, a gente fazia o papel das crianças do mal que chegaram só para estragar a festa. Era 1, 2, 3, JÁ! E era dado a largada. Remávamos feito loucos, um pior que o outro, batendo em tudo (e em todos, pedindo desculpas). Afinal, aquilo eram barquinhos ou carrinhos bate-bate?
A água que era quase um espelho antes se transformava em mini tsunamis com escala Beaufort número 7. Alguns casais nos olhavam com cara feia, já outros riam sem parar. E não estávamos nem aí, pois o importante naquele momento era ser feliz.


E assim como dizem, "felicidade de pobre dura pouco". 20 minutos se passaram num instante, e logo o rapaz que cuidava dos barcos estava nos chamando para voltar. Mas como todo brasileiro malandro, fizemos mais uma cerinha pegando o caminho mais longo até chegar novamente ao pier.
Na volta, o centro estava bem mais agitado. Estava acontecendo um concurso de karaokê no palco principal, e muita gente parava para assistir.


"Para descer, todo santo ajuda". E todo trenzinho também. Antes fosse para subir..

1 comentários:

Marília Carmo disse...

Aeh chines, gostei do seu blog! Massa! =D Algumas fotos parecem tiradas d cartao-postal!
E ve se atualiza isso aqui!! Bjao!! Marilia.

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